Fortalecendo os negros americanos para maior representação em estudos clínicos
Em homenagem ao Mês da História Negra, a Janssen está dando destaque ao seu compromisso em aumentar a diversidade entre seus participantes em estudos clínicos e em expandir a participação da comunidade na conscientização, e confiança, na pesquisa clínica nas comunidades negras e em outras comunidades étnicas.
Neste post, Staci Hargraves, Vice President, Global Head, Patient & Portfolio Solutions, Janssen Research & Development, L.L.C., fala sobre as iniciativas da Janssen para tornar a pesquisa clínica mais inclusiva e equitativa para todos. Ela também conta como sua experiência como mulher negra inspirou sua abordagem em criar um espaço de atuação mais equitativo na participação em pesquisa clínica e na obtenção de medicamentos essenciais para pacientes historicamente sub-representados.
Qual é a sua experiência em pesquisa clínica? Como sua herança afro-americana moldou sua abordagem na criação de estudos mais inclusivos?
Eu passei mais de 20 anos em estratégia, operações e supply chain de desenvolvimento clínico em diversas empresas farmacêuticas e organizações representativas de pesquisa clínica (ORPCs). Ao longo do tempo, pude ver em primeira mão a falta de representatividade entre pessoas etnicamente diversas em estudos clínicos e sou privilegiada por poder impactar a mudança onde ela realmente importa. Como mulher Negra, eu entendo os desafios que nossa comunidade enfrenta em relação ao acesso aos serviços de saúde e compreendo todo o paradigma das opções disponíveis. Por isso, sou motivada todos os dias pelo desejo de lidar com as velhas conhecidas disparidades que existem na área da saúde e, mais especificamente, como estudos clínicos pode ser uma opção de tratamento para todos. É importante que desenvolvamos e avaliemos tratamentos para todas as populações que pretendemos tratar.
Quais são as taxas de participação médias entre negros americanos em estudos clínicos? Onde precisamos estar como setor para representar pacientes Negros proporcionalmente como grupo demográfico? Quais são as metas da Janssen em relação a isso?
Enquanto afro-americanos representam 12,1% de toda a população dos EUA,1 nós integramos somente 8% dos participantes em estudos em 2020.2 Em algumas doenças, os dados são ainda mais preocupantes. Em estudos oncológicos, nós representamos apenas 4% dos participantes nos Estados Unidos,3 apesar de ter as mais altas taxas de mortes e a menor taxa de sobrevida de todos os grupos étnicos diagnosticados com câncer.4
Os patrocinadores do estudos devem ter a obrigação de incluir participantes no estudo de raças e etnias alinhadas com a demografia afetada pela doença. A Janssen se comprometeu incondicionalmente pelo foco na diversidade, equidade e inclusão em estudos clínicos através parcerias nacionais com empresas de pesquisa contratadas e centros de estudos para garantir que nossas iniciativas em recrutamento para estudos reflitam a prevalência de doenças em populações tradicionalmente sub-representadas. Nós já fomos bem-sucedidos nesta iniciativa: em nosso estudo ENSEMBLE voltado à vacina da COVID-19, por exemplo, 13% dos participantes dos EUA eram negros/afro-americanos. Dito isso, há muito mais o que fazer em nosso portfólio como setor.
Como a Janssen combina o envolvimento do paciente com o foco na diversidade, equidade e inclusão para criar um impacto significativo nos estudos clínicos?
Nossa plataforma Research Includes Me tem sido uma oportunidade de informar possíveis participantes sobre estudos clínicos e ajudar a tratar qualquer visão equivocada que o público possa ter que funcione como barreira à participação. Nós munimos os profissionais de saúde de materiais e recursos educacionais e os preparamos para conversas sobre a importância da diversidade, equidade e inclusão em estudos clínicos. Também fizemos parcerias com os principais grupos do setor, como o Diversity Awareness Program da Society of Clinical Research Sites e o grupo de trabalho Diversity in Clinical Trials da Transcelerate, para desenvolver programas e ferramentas que promovam melhores experiências e atendimento ao paciente. Em geral, estamos conseguindo alcançar os pacientes onde estão com recursos e iniciativas para desvendar e tratar barreiras à participação.
Também vimos que um fator importante para aumentar a participação de negros em estudos clínicos é incentivar o treinamento e recrutamento de equipes diversas nos centros clínicos.5 Por isso, patrocinamos o programa NMF Diversity in Clinical Trials Research, que busca aumentar a diversidade de pacientes em estudos clínicos com a capacitação de médicos de minorias sub-representadas para atuação como Investigador principal.
Como a Janssen coordena com os líderes de comunidades negras e organizações para aumentar a participação de negros nos estudos clínicos?
A Janssen está ativamente fortalecendo parcerias dentro de nossa programática na comunidade negra para iniciar conversas e aumentar a conscientização. Por exemplo, fizemos parceria com o comitê da YWCA de Chicago para realização de uma pesquisa entre seus funcionários e membros da comunidade sobre seu conhecimento em relação a estudos clínicos. A pesquisa descobriu que somente 23% dos entrevistados já tinham sido solicitados a participar de um estudo clínico, e desses, pouco mais da metade concordou em fazê-lo. Portanto, nós continuamos trabalhando com a YWCA de Chicago em eventos com vários de nossos líderes negros no espaço de estudos clínicos para oferecer perspectiva e ajudar a criar confiança em nossa comunidade.
Além disso, em parceria com a U.S. Mobile Health, enviamos uma equipe de educadores em estudos clínicos a comunidades do sudeste dos EUA para informar pessoas sobre a importância da participação diversa em estudos clínicos e incentivá-las a acessar o site ResearchIncludesMe.com. A unidade móvel envolveu mais de 2200 pessoas por essas comunidades, o que representa um enorme sucesso considerando os protocolos de distanciamento social nessas jurisdições.
Esse tipo de trabalho de base é fundamental para a participação e fortalecimento das pessoas dessas comunidades na tomada de decisões informadas em relação ao cuidado com a saúde e participação em estudos. Isso é especialmente importante nas comunidades negras, onde a confiança nos estudos clínicos é significativamente baixa devido a experiências historicamente ruins, como o estudo Tuskegee. Nós reconhecemos que não podemos fazer isso sozinhos e nisso percebemos a importância de ouvir as comunidades para entender e incorporar suas perspectivas em nosso trabalho.
Estamos ansiosos para crescer nesse espaço e ver como podemos continuar a levar conversas adiante e promover um progresso significativo. A diversidade e a inclusão em estudos clínicos não apenas promovem o avanço das metas da ciência e medicina, como também são fundamentais para o avanço da equidade na saúde e criação de um futuro melhor para os nossos pacientes.
22 de fevereiro de 2022
Referências
1 2020 U.S. Population More Racially and Ethnically Diverse Than Measured in 2010. United States Census Bureau website. https://www.census.gov/library/stories/2021/08/2020-united-states-population-more-racially-ethnically-diverse-than-2010.html. Publicado em 12 de agosto de 2021. Acessado em 18 de janeiro de 2022.
2 2020 Drug Trials Snapshots Summary Report. Site da U.S. Food and Drug Administration. https://www.fda.gov/media/145718/download. Acessado em 18 de janeiro de 2022.
3 Nazha B, Mishra M, Pentz R, Owonikoko TK. Amer Soc Clin Oncol Educ Book. 2019. 39:3-10. doi: 10.1200.
4 American Cancer Society. Cancer Facts & Figures for African Americans 2019-2021. https://www.cancer.org/research/cancer-facts-statistics/cancer-facts-figures-for-african-americans.html Acessado em 17 de janeiro de 2022.
5 Impact Report: New Study Finds Site Personnel Race and Ethnicity Highly Correlated with Diversity of Patients Enrolled. Tufts Center for the Study of Drug Development. 2021;23(5). Publicado em novembro de 2021. Acessado em 7 de janeiro de 2022.